domingo, 28 de julho de 2013

Verdade ou consequência … o sistema não concebe o votar em “ninguém”!

Este tema pode parecer que está ligado aos últimos eventos na Politica Portuguesa, mas em parte é só coincidência. Na realidade e durante quase toda a minha vida sempre tive a noção de que um ato ou um comportamento, tem sempre uma consequência, consequência essa que resulta no reconhecimento de algo bem feito ou de algo menos positivo. No entanto esta máxima do dia-a-dia não é aplicada à nossa democracia, não, não vou falar da justiça, que de estar tão pelas ruas da amargura e de neste momento não passar de um sistema quase imaginário de punição daquilo que julgamos ilegal,  faz com que não me senta com forças para falar dela. Mas sim das eleições, esse o meu verdadeiro tema de hoje! Ouço amiúde falarem que o povo se revolta, revolta, mas depois vota sempre nos mesmos partidos, os chamados do círculo ou ciclo da Governação (circulo é um sistema fechado será esta a única verdade aqui?), será que é porque as pessoas são ignorantes ou porque a democracia como a conhecemos hoje está desenhada para que isso aconteça? Sim, penso que é mesmo isso, está desenhado para ser assim, ora vejamos, democraticamente o sistema não concebe o votar em “ninguém”, o voto em branco (para mim abstenção não conta) não tem qualquer consequência no parlamento, para o qual as eleições se realizam e estamos a votar para eleger um representante. Já por várias vezes votei em branco e nunca me vi representado, pois o meu voto não foi traduzido em lugares vazios. Que estes lugares não contassem para as votações parlamentares eu entendo, mas ficavam vazios na mesma e ninguém os ocupava. Assim os políticos tinham uma imagem de como se estavam a comportar e existia uma faixa da população que não os via como seus representantes. De certeza que o número de votos em branco triplicaria caso os lugares correspondentes ficassem vazios. Assim sim, poderíamos dizer que o resultado eleitoral seria uma representação dos votantes. Se seria perigoso, sim seria mas o que temos neste momento também o é …

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