terça-feira, 21 de junho de 2011

Será que a nossa esquerda “mais” radical tem laivos fascistas?


Aqui está uma pergunta que venho a fazer a mim mesmo, sem ter ainda uma resposta válida. Sempre que oiço falar de fascismo, associo-o à extrema-direita, e a uma ala da direita, mas depois comecei a pensar e fiquei muito confuso, lancei esta questão.

“O New Deal rooseveltiano, economicamente menos eficaz do que a lenda declara, envolveu uma mobilização de cima para baixo da população que, encorajada pela propaganda de slogans marciais nos novos meios de comunicação de massa (rádio e cinema), apresentava semelhanças preocupantes com o que ocorria então na Itália, Alemanha e União Soviética”

(in Fascismo de Esquerda, de Jonah Goldberg)

Ora vamos ver…..

Os períodos de fascismo são identificados pela existência de uma cúpula a que tudo é permitido que dita as leis pelas quais todos se devem reger (assim tipo comité central).
Culto da personalidade e propaganda em volta do líder que é único sem existir um substituto evidente e que se mantém no cargo durante muitos e muitos anos (tal como o Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã).
O fascismo também sofre de um nacionalismo exacerbado e controlo de uma massa que se quer acefálica da população (aqui prefiro não tecer comparações nem particularizar).
Os líderes tomam decisões contrárias às decisões dos seus pares/maioria (Louçã, na celebre moção de censura ao Gov. PS, que havia sido chumbada na noite anterior na sede do partido, este ignorou essa decisão e a colocou no parlamento na mesma?).
Quando existem opiniões ou mesmo sombra ao líder estes são enviados para funções afastadas da cúpula (Miguel Portas) ou simplesmente arredados por tomarem decisões que não vão de encontro ao líder (Joana Amaral Dias).
Nota: Poderia fazer este raciocino à direita mas não era o âmbito desta minha questão, deixarei para outra altura.


Nota 2: Jamais poderei concordar com regimes fascistas onde não existe a possibilidade de alternância de poder!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Porque lutam eles como gladiadores ferozes…..


Aproximamo-nos de mais um acto eleitoral, amanhã será um período de reflexão. O título deste post é uma pergunta que procuro responder a mim próprio. Eles gladiam-se, porque, ao contrário dos políticos dos anos 80, estes cresceram na política, nunca fizeram mais nada, estão na realidade a defender o seu posto de trabalho. Digladiam-se de uma forma feroz e sem regras, noutros tempos não aturariam metade, abandonavam a politica e refugiavam-se deste tipo de vida nas tuas profissões. Eles tem de manter a sua ligação ao estado para também garantirem a viabilidade das suas empresas, que se não fosse a sua ligação ao estado automaticamente entrariam em insolvência, tal é a má gestão que nela impera. Assim essa gestão é também ela é trazida para Estado, pois, caso ela (gestão), fosse clara e linear, mais buracos e incongruências seriam encontradas. Assim se perpetuam condições das quais alguns se servem e outros mantêm.