segunda-feira, 30 de setembro de 2013

New order…. ?

Quase sempre que escrevo neste blog a primeira coisa que me vem à cabeça é o tema, depois o título, desta vez não foi assim, tal variedade de títulos que posso escolher. Sim, ontem foi um dia em cheio, penso que do alto dos meus 36 anos, deve ter sido a primeira vez que umas eleições disseram tanto a tantos. Hoje não me faltaram palavras para divagar neste texto, vejamos. Pela primeira vez achei que o povo, ao contrário o que vem sendo o seu apanágio votou e saiu a ganhar, saiu a ganhar porque pela primeira vez um grupo de (aparentemente) independentes teve tantos votos, não escrevo só sobre o Porto mas também a nível nacional, onde os vários grupos de cidadãos garantiram 6.90% dos votos (http://autarquicas2013.mj.pt/, dados a 30set13). Outra foi o pedido do Povo para uma mudança efectiva acabando alguns “feudos” nomeadamente Braga e Madeira, entre outros a “flauta” que os guiava pelo precipício deixou de tocar o som encantador … Muitos podem pensar que o PSD perdeu e o PS ganhou, isso é factual, tal como o crescimento do CDS (embora o mago Sócrates tenha de uma forma pouco digna diminuído na TV, não dá para mais, também já o conhecemos) mas penso que muitas mais conclusões se podem tirar. Os Partidos foram fazendo as suas escolhas tentado contornar uma lei que era clara para o legislador mas vaga para os tribunais… (mérito para o PS que não se deixou influenciar) “de câmara ou da câmara”, imponto os candidatos do sistema que servem os partidos e agora tinham de se servir dos partidos, o Povo disse, estão aqui é para servir Portugal e com excepção de alguns presidentes da CDU, que quando é necessário é igual ao outros. Esta lei também trás uma nova abordagem e caso seja clarificada e rectificada cria uma nova ordem. Ora vejamos, se nos últimos anos os delfins do Partidos políticos e “empurrados” por alguns tinham como prioridade ser Presidentes de câmara a todo custo, a nova realidade provoca mudanças, como os mandatos são limitados a 12 anos (pelo menos na mesma câmara  e já não existem reformas vitalícias (para os mais novos) isso faz com que o desejo de ser Presidente fique em stand-by de forma a não comprometer o futuro, pois ser ex- Presidente aos 50 e tal anos poderá (vinco o poderá) ser um novo desafio à empregabilidade dos mesmos a não ser que estejam protegidos por contractos na função pública… Por alguma razão a grande maioria tem ligações à função publica (por outras vias que não a politica) tem sempre a zona de conforto de poder voltar, coisa que não creio que no privado seja muito credível pois a maioria das empresas nem duram tanto ou não suportariam essa ausência prolongada. Esta é a vantagem das crises, existe um despertar para a causa consequência, os actos antigamente que pareciam sem consequência agora é visível (pelos piores motivos a todos). Claro que depois existe o “caso Isaltino” mas esse ainda vou ter de tentar perceber melhor.

Termino com uma pérola sabiam, que as reformas vitalícias forma criadas com Portugal sobre assistência do FMI após o povo ter passado um período negro? Esta proposta veio do Rui Manchete (onde eu já ouvi este nome) e o Governo era o Bloco Central cujo Primeiro-Ministro era o Mário Soares…. o tal que agora….. in livro “Os Privilegiados” e já confirmado  noutras fontes….