Quase sempre que escrevo neste
blog a primeira coisa que me vem à cabeça é o tema, depois o título, desta vez
não foi assim, tal variedade de títulos que posso escolher. Sim, ontem foi um
dia em cheio, penso que do alto dos meus 36 anos, deve ter sido a primeira vez que umas eleições disseram
tanto a tantos. Hoje não me faltaram palavras para divagar neste texto,
vejamos. Pela primeira vez achei que o povo, ao contrário o que vem sendo o seu
apanágio votou e saiu a ganhar, saiu a ganhar porque pela primeira vez um grupo
de (aparentemente) independentes teve tantos votos, não escrevo só sobre o Porto mas também a nível nacional, onde os vários grupos
de cidadãos garantiram 6.90% dos votos (http://autarquicas2013.mj.pt/, dados a
30set13). Outra foi o pedido do Povo para uma mudança efectiva acabando alguns “feudos” nomeadamente Braga e Madeira, entre
outros a “flauta” que os guiava pelo precipício deixou de tocar o som
encantador … Muitos podem pensar que o PSD perdeu e o PS ganhou, isso é
factual, tal como o crescimento do CDS (embora o mago Sócrates tenha de uma
forma pouco digna diminuído na TV, não dá para mais, também já o conhecemos)
mas penso que muitas mais conclusões se podem tirar. Os Partidos foram fazendo as suas escolhas tentado contornar uma lei que
era clara para o legislador mas vaga para os tribunais… (mérito para o PS
que não se deixou influenciar) “de câmara ou da câmara”, imponto os candidatos do
sistema que servem os partidos e agora tinham de se servir dos partidos, o Povo disse, estão aqui é para servir Portugal e
com excepção de alguns presidentes da CDU, que quando é necessário é igual ao
outros. Esta lei também trás uma nova abordagem e caso seja clarificada e
rectificada cria uma nova ordem. Ora vejamos, se nos últimos anos os delfins do
Partidos políticos e “empurrados” por alguns tinham como prioridade ser
Presidentes de câmara a todo custo, a nova realidade provoca mudanças, como os mandatos são limitados a 12 anos (pelo
menos na mesma câmara e já não existem reformas vitalícias (para os mais
novos) isso faz com que o desejo de ser
Presidente fique em stand-by de forma a não comprometer o futuro, pois ser ex- Presidente aos 50 e tal anos poderá
(vinco o poderá) ser um novo desafio à empregabilidade dos mesmos a não ser
que estejam protegidos por contractos na função pública… Por alguma razão a
grande maioria tem ligações à função publica (por outras vias que não a
politica) tem sempre a zona de conforto de poder voltar, coisa que não creio
que no privado seja muito credível pois a maioria das empresas nem duram tanto
ou não suportariam essa ausência prolongada. Esta é a vantagem das crises,
existe um despertar para a causa consequência, os actos antigamente que
pareciam sem consequência agora é visível (pelos piores motivos a todos). Claro
que depois existe o “caso Isaltino” mas esse ainda vou ter de tentar perceber
melhor.
Termino com uma pérola sabiam, que as reformas vitalícias forma criadas
com Portugal sobre assistência do FMI após o povo ter passado um período negro?
Esta proposta veio do Rui Manchete (onde eu já ouvi este nome) e o Governo era o
Bloco Central cujo Primeiro-Ministro era o Mário Soares…. o tal que agora….. in
livro “Os Privilegiados” e já confirmado
noutras fontes….
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