Este tema pode parecer um momento
de delírio nos dias que correm, pois na realidade não existem "borlas" do Estado,
o contribuinte é sempre chamado a pagar mesmo quando parece uma borla. Mas…. a
ideia de que fazemos algo que normalmente é pago e num determinado dia não o é, pode ser considerado uma borla. Hoje é o
dia mundial do Museu e o Estado abre estes espaços à comunidade sem
cobrar bilhete. Claro que não poderemos dizer que é uma “borla” aberta a todas
as pessoas, apesar de ser “grátis” o pareça, na realidade existe sempre uma faixa
da sociedade que não tem acesso a esta informação (daria para um tema paralelo
a este, talvez um outro dia). A borla de hoje é interessante, os museus estão
cheios e se um em cada 10 visitantes tornar a visita a museus um hábito, já se
pode considerar uma vitória. Eu visito frequentemente o Museu de Serralves mas
hoje a programação levou-me a visitar o Museu Nacional de Soares dos Reis, que
é o primeiro museu público de arte do país, tendo sido fundado em 1833 numa
casa sediada no centro do Porto junto hospital de Santo António. Tal como
seria de esperar dei a tarde como bem empregue, O programa é rico (amanhã
ainda é este programa), com visitas guiadas que nos permitem conhecer melhor as
obras em exposição, os seus autores e a vida quotidiana dos mesmos. É possível
compreender melhor, sabendo um pouco mais sobre o homem que as criou e qual o
seu curso de vida que sempre transparece e influencia a obra. Depois da visita
e de alguns apontamentos da senhora que nos guiava, comecei a dar muito mais
valor aos escultores e à sua arte (talvez enfatizado pela guia quem sabe pelo
facto de António Soares dos Reis ter sido escultor), mas também fiquei a
conhecer um bocado melhor a Historia do Porto e das suas gentes. Dias assim são
dias grandes, dias em que alimentamos o cérebro com manjares cujo sabor permanece
por muitos dias. Espero também eu ao colocar esta informação neste espaço
desperte a curiosidade a mais alguém que possa vir a visitar este espaço e assim dar-lhe
uma cor mais vibrante!
O desterrado peça central ao fundo.... Soares dos Reis o Autor.
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